TEORIA ANTISSEMITA NO X POR ELON MUSK

TEORIA ANTISSEMITA NO X POR ELON MUSK — O bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter) e CEO da Tesla, mergulhou em mais uma controvérsia global ao endossar uma teoria da conspiração antissemita em sua plataforma há algum tempo. A postagem, que vinculou comunidades judaicas a um suposto “ódio contra brancos”, foi condenada pela Casa Branca, organizações de direitos humanos e até por ex-apoiadores, reacendendo o debate sobre os limites da liberdade de expressão nas redes sociais.
No entanto, Musk pode ter dado um singelo sinal de suas crenças e convicções, algo se torna cada vez mais explicito quando o mesmo começa a apoiar partidos de extremas direitas ao redor do mundo. Alguns analistas declaram que esse tipo de endosso a partidos de extrema direita pode ser apenas bravatas para atingir objetivos econômicos próprios.
A POSTAGEM QUE CHOCOU O MUNDO
No ano de 2023, Musk respondeu a um usuário do X que acusava judeus de “promover a substituição demográfica de brancos em países ocidentais” — narrativa popular entre supremacistas brancos. Com um lacônico “Você disse a verdade”, o magnata validou a teoria para seus 160 milhões de seguidores, em um dos episódios mais explícitos de difusão de ódio sob seu comando.
Contexto da teoria:
- A falsa ideia de que judeus “orquestram migrações em massa” para enfraquecer majorias brancas foi citada por Robert Bowers antes do massacre em uma sinagoga de Pittsburgh (2018), que deixou 11 mortos.
- Grupos neonazistas como o The Base e o Atomwaffen Division propagam essa retórica para justificar violência.
REAÇÕES IMEDIATAS: DA CASA BRANCA À ADL
A repercussão foi rápida e contundente:
- Casa Branca: “É inaceitável ecoar mentiras ligadas ao pior ataque antissemita da história dos EUA”, declarou o porta-voz Andrew Bates.
- ADL (Liga Antidifamação): “Musk usa sua influência para normalizar o ódio. É perigoso”, disse o CEO Jonathan Greenblatt.
- Usuários do X: A hashtag #BoycottX viralizou, com relatos de empresas suspendendo anúncios na plataforma.
Musk rebateu: Em seguida, afirmou que não generaliza o ódio a “todas as comunidades judaicas”, mas atacou a ADL, acusando-a de “promover racismo contra brancos”.
X: A PLATAFORMA QUE VIROU ARMA IDEOLÓGICA
Desde que Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões em 2022, o X tornou-se palco de polêmicas:
- Reabilitação de extremistas: Contas banidas por discurso de ódio, como a do britânico Tommy Robinson, foram restauradas.
- Queda financeira: Receita publicitária caiu 55% em 2023, segundo a Reuters, após fuga de marcas como Apple e Disney.
- Crise de moderação: Conteúdo antissemita aumentou 61% na plataforma sob gestão Musk, conforme relatório da ADL.
“Musk transformou o X em um paraíso para teorias da conspiração. Sua obsessão com ‘liberdade de expressão’ ignora segurança pública”, critica Emma Steiner, analista da Common Sense Media.
O HISTÓRICO DE MUSK: DE VACINAS A EXTREMISMO
Não é a primeira vez que Musk amplifica narrativas perigosas:
- COVID-19: Chamou lockdowns de “fascismo médico” e questionou eficácia de vacinas.
- Política: Defendeu o partido de extrema direita AfD na Alemanha e atacou o Black Lives Matter.
- Ataques pessoais: Acusou o caçador de submarinos Stockton Rush de “incompetência” dias antes do implodo do Titan.
Na literatura: Biógrafos como Walter Isaacson destacam seu apetite por conflito. Já Ben Mezrich, autor de “O homem que venceu o Twitter”, afirma: “Musk destruiu o Twitter, e o Twitter o destruiu”.
ELEIÇÕES SOB AMEAÇA EM TODO MUNDO
Especialistas alertaram que o X, sob gestão Musk, pode se tornar ferramenta para:
- Desinformação eleitoral: Como em 2020, quando teorias de fraude viralizaram.
- Radicalização: Algoritmos impulsionam conteúdo extremista para gerar engajamento.
- Fragmentação social: A plataforma aprofunda divisões ao priorizar polêmicas.
Na UE: A Comissão Europeia já investiga violações da Lei de Serviços Digitais, que pune plataformas por discurso de ódio não moderado.
O FUTURO DO X: UMA ENCRUZILHADA
Enquanto Musk briga com anunciantes e ameaça processar críticos, o X enfrenta dilemas:
- Fuga de talentos: Demissões em massa deixaram apenas 15% da equipe original.
- Dependência financeira: Assinaturas do X Premium não compensam perda de publicidade.
- Crise de imagem: Uma pesquisa do Pew Research mostra que 68% dos usuários ativos consideram a plataforma “tópica”.
PARA ENTENDER:
- Teoria da Grande Substituição: Criada por teóricos franceses de extrema direita, alega que elites globalistas (muitas vezes associadas a judeus) buscam substituir populações brancas. Rejeitada por acadêmicos, é classificada como “discurso de ódio” pela ONU.
- Impacto real: Em 2022, o FBI registrou 3.697 crimes de ódio antissemitas nos EUA — maior número em décadas.
O PERIGO QUE MUSK SIMBOLIZA PARA MUNDO
Musk pode ser apenas um bilionário excêntrico que nunca chegará onde deseja, mas sua frustração para garantir que os seus planos infundamentados sejam considerados ainda na sua vida pode ser letal para nossa sociedade. Sua aproximação recentemente com um partido de extrema direita da Alemanha já deixa bem claro que tipo de mercador ele é.
Se desconsideramos sua total alienação a doutrina de Hitler, ao menos podemos começar a pensar que a frase: “Quando a sangue nas ruas, ganhe dinheiro!” pode ser um dos seus mantras primarias.