‘SNL’ Satiriza Retorno de Trump ao Poder

‘SNL’ Satiriza Retorno de Trump ao Poder – Em um episódio ácido do Saturday Night Live (SNL), o programa questionou se os EUA estão prestes a ter seu “primeiro rei eleito” com o retorno de Donald Trump à Casa Branca. A sátira, repleta de ironia e referências históricas, trouxe Lin-Manuel Miranda e Timothée Chalamet para reforçar a crítica ao ex-presidente.
Sátira Política com Toque de Hamilton
O SNL abriu com um sketch que misturou história colonial e hip-hop, trazendo Lin-Manuel Miranda (criador de Hamilton) no papel de Alexander Hamilton. Em diálogo com o Trump de James Austin Johnson, a cena destacou a tensão entre os ideais democráticos e a retórica autoritária:
- Hamilton (Miranda): “Na América, todos são criados iguais. Nunca teremos um rei!”
- Trump (Johnson): “Nunca diga nunca… Estou na minha era de rei.”
A ironia atingiu o ápice quando Trump zombou dos esforços de Miranda para manter a postura séria no palco, provocando: “Ele está a um Oscar de um EGOT e tem que ficar quieto até eu terminar.”
Trump como “Rei”: Piadas e Polêmicas

O sketch abordou temas polêmicos da campanha de Trump, como o fim de políticas de diversidade (DEI) no governo:
- “DEI acabou. Está morto”, declarou o Trump do SNL, em tom triunfalista.
- Sobre sua posse, brincou: “Ficamos lá por causa do frio e do medo… Mas Melania apareceu. Foi legal.”
A figura de Trump como monarca foi reforçada com a presença simbólica de bilionários como Zuckerberg, Bezos e Elon Musk na cerimônia fictícia, enquanto ele ironizava: “Amamos o Elon, mas, como diriam seus filhos, não o quero na minha vida.”
Timothée Chalamet e Homenagem a Bob Dylan
Além da sátira política, o episódio foi marcado pela atuação do anfitrião Timothée Chalamet, que interpretou músicas de Bob Dylan em alusão ao seu papel no filme A Complete Unknown. Sua performance misturou melancolia e rebeldia, capturando a essência do ícone folk.
Crítica à Ascensão Autoritária
O SNL usou humor para alertar sobre os riscos de um governo centralizado e personalista:
- Referência histórica: Personagens coloniais de perucas questionaram: “Por que estamos aqui? Para lembrar que reis não são a resposta.”
- EGOT como metáfora: A insistência de Trump em interromper Miranda (próximo de conquistar um EGOT) simbolizou a supressão de vozes críticas.
Repercussão e Contexto
O episódio gerou debates nas redes sociais, com espectadores divididos:
- Apoiadores de Trump criticaram o tom “alarmista”.
- Progressistas elogiaram a coragem de satirizar ameaças à democracia.
O SNL reforçou seu papel como termômetro cultural, misturando entretenimento e política em um momento de polarização extrema nos EUA.